Quem responde as perguntas do blog, hoje, é a banda Dysnomia, de São Carlos.
Quem fala pela banda é o João, guitarrista e vocalista da banda!
O começo e a formação do Dysnomia
A banda começou em 2006, o Júlio (guitarrista) e o Denilson (baixista) tinham um projeto de Heavy Metal juntos. Chegaram a tocar com alguns bateras, até encontrarem Érik, que trouxe idéias para um som mais agressivo. Eles ensaiaram juntos por um ano, sem vocalista, nessa época eu (João) estava tocando em duas bandas, o Neuro-Visceral Exhumation e o Kriptya, e ambas cessaram suas atividades nesse mesmo ano. Eu e alguns amigos então montamos uma banda pra tocar alguns covers de bandas que curtíamos, Metallica, Alice In Chains, Pantera, entre outras. Num show que fizemos com essa banda num motoclube, o Júlio estava presente, curtiu e perguntou sobre mim para o Lucas, baixista desse projeto e que era amigo dele. Depois de um tempo então o Julio me ligou e disse que estavam procurando um vocal para a banda dele, então marcamos um ensaio e eu fui, cantei uma música que os caras já haviam feito (Suicidal Combat), eles gostaram e então eu disse que tocava guita também, e no fim das contas assumi as duas funções, e cá estamos até hoje hehe
Na estrada, histórias engraçadas
Não se se me lembro de alguma em particular, mas sempre tem, né? É sempre engraçado pois todos têm jeitos diferentes, mas todos tem um bom senso de humor, então sempre se dá um jeito de tornar a viagem menos monótona, e os shows também! Vamos ver o que o show ae em Sampa nos reserva!
O processo criativo da banda
O processo de composição geralmente começa nos ensaios, sempre antes de passarmos nossas músicas, a gente aquece um pouco, e improvisa até encher o saco ou acabarem as idéias, é um bom exercício, heheh, a gente fica mais relaxado pra tocar e sempre surge algo interessante, que vamos lapidando e estruturando pra fazermos as músicas, todo mundo opina, participa, às vezes com mais idéias de um ou outro, mas o importante é que todos estejam envolvidos.
Quais os temas abordados pelo Dysnomia em suas músicas? Porquê?
Os temas envolvidos nas músicas, pelo menos a meu ver, são parte de nossa experiência de vida, das coisas que vemos, sentimos, em relação ao mundo em que vivemos e a realidade que nos rodeia, podem ser críticas ou introspectivas, podem falar de revolta, de morte, ser uma viagem filosófica até hehe, depende da ocasião, de quem faz as letras, eu escrevo mais, mas o Denilson e o Julio também tem idéias para as letras, ai eu ponho no papel, pois eu tenho uma noção melhor de inglês.
As expectativas da banda para o futuro do metal nacional e sua opinião sobre os produtores, atualmente.
Estamos vendo que há mais pessoas interessadas em fortalecer a coisa, gente que decide fazer por si próprio e não mais esperar até que alguém decida organizar ou produzir algo, por um lado isso é bom, pois temos mais oportunidade, tanto bandas como público, mas acredito que agora o foco deva ser fazer algo com mais estrutura e tendo um pouco mais pra oferecer, não necessariamente um mega evento, acredito que seja possível oferecer algo de qualidade para o público, sem deixar de ser um negócio underground, onde exista aquela familiaridade, trocas de idéias e a galera se divirta pra caralho hehe. Mas já é massa demais ver que há mais pessoas se mobilizando! E não importa o que aconteça, acredito que sempra haverá, tanto público, que por mais escasso que seja é sempre fiel e apóia, como bandas, gente fazendo som e produzindo eventos, nesse ponto sou otimista, apesar das dificuldades que todos enfrentam.
E o futuro da banda?
Para o futuro pretendemos gravar nosso primeiro cd, talvez em parceria com algum selo, e com um pouco mais de investimento também, já que nossa primeira demo foi totalmente independente e com pouquíssimos recursos (para vcs terem uma idéia, ela foi gravada na minha casa, com o PC do baterista, numa mesinha de quatro canais hahaha), e continuar divulgando a banda especialmente através de shows no interior e na capital também.
Sobre o famoso “pagar pra tocar”
Nós não achamos interessante não, alguns acham que é investimento, mas você já investe tanto, seu tempo, seu dinheiro, seu saco, pra depois chegar e pagar mais ainda para tocar para um público que às vezes nem está lá para ver sua banda tocar, depois de tudo que foi feito, e ainda que dê resultado esse critério dá impressão de que só cresce quem tem mais dinheiro, independentemente da qualidade musical e do seu esforço. Nunca tivemos a idéia de ganhar dinheiro fazendo metal, não é a prioridade, mas não teríamos a grana pra sustentar algo assim sempre, é algo que os produtores de evento teriam que ter em mente também, pelo menos bancando transporte e alimentação, bebida, essas coisas, em minha opinião, e acredito que os outros da banda também partilhem dela.
O que estão esperando do Demo(n) Fest?
Nós temos boas expectativas, já que todas as bandas são muito boas, os caras da Cursed são nossos camaradas já, conhecemos a galera do Red Front recentemente, os caras são gente boníssima, pessoal das outras bandas com certeza também é, essa será nossa primeira vez tocando aí em Sampa, estamos na pilha pra fazer um bom show, e quem aparecer não se arrependará, bora bater cabeça até descolar o pescoço!
Um recado pra galera que vai estar presente no Fest:
Ae galera qua vai colar no Demon Fest, a banda Dysnomia manda um grande abraço a todos, queremos ver como é o Moshpit ae em Sampa, vai ser destruição total, é nóis!!!! Até lá!!!!
Obrigado, João!
Confiram o show do Dysnomia dia 04/10, no Seven Beer, na primeira edição do Demo(n) Fest!
Breve no blog: mais entrevistas e o perfil da banda Bandanos!